Postagens

Imagem
Uma rua escura Eu O pensamento A madrugada Enquanto as estrelas brilham E as portas batem Os dentes rangem E o frio assopra Enquanto vago pela rua Solitária está minha memória E logo me lembro Que deixei meus sonhos lá fora Ouço passos Olho para trás Tenho medo de seguir Mas sinto dificuldade de voltar Há cascalho no asfalto Como poeira nas minhas lembranças Há destroços pela rua Que sobraram dos meus sonhos de criança Nada mais terrível do que andar sem luz É não reconhecer o próprio brilho. Dessa vez já não preciso de um poste Apenas de um cobertor Uma inspiração qualquer Uma xícara de café E uma rima.

Ana.

Você me ama? Ela balançava a cabeça, enquanto dizia um sim. Era sempre dessa forma. Demonstrações sempre surgiam. Eu ainda tinha dúvida, - em segredo -, e queria saber o porquê de ser tão improvável e também o que fazia ser tão intenso. Ela me deu as respostas. Ana levantou da cadeira repentinamente, quando eu ainda permanecia refletindo aquele interesse. E começou a citar alguns motivos para justificar sua presença. Começando pelo que sentia. Era mais puro e verdadeiro. Uma pena era Ana não saber das minhas inseguranças. Ana achava apenas que o mundo era um mar de rosas. Não é assim que funciona. O mundo pode ser, também, dor.